sexta-feira, 14 de outubro de 2011

“É preciso ter indulgencia com os adultos” (trecho do livro, O Pequeno Príncipe)



Esta frase é tão real no atual mundo em que vivemos, e bastante complexa, assim como exprime de maneira simples seu significado. É interessante notarmos como a vida de criança e de adulto são diferentes em uma mesma pessoa, quando somos crianças temos determinadas necessidades desconhecidas pelos adultos e muitas das suas atitudes não é compreendida pelos pequenos, e sem dúvida é uma época de formação de caráter e de personalidade. No entanto quando passa a viver esta segunda fase, como é fácil esquecer aquela criança que todos fomos um dia, feliz, quando a alegria apenas dependia daquele dia, de um belo sol, se brincadeiras divertidas, e o amor pela própria vida, e a tudo de novo que se conhecesse.
Incrível é ser criança. Então por qual motivo quando crescemos e viramos adultos, não mais tem espaço para aquela criança alegre, mais sim para as preocupações do cotidiano, passamos a esquecer aquela admiração pelo desconhecido para procurar respostas que as vezes são impossíveis de se encontrar nesta vida, esquecendo aquele pensamento e quem nunca teve hein?! ...quando eu crescer nunca quero fazer isso.... por que sabemos mesmo quando crianças o que é o sofrimento, mais ainda assim somos felizes.
As relações interpessoais não fogem desta vertente, precisamos ter indulgencia com as pessoas e com a gente mesmo, ter a consciência de que ninguém é perfeito, e buscar a nossa própria evolução, e aqui cabe uma breve explicação: o que é evoluir como pessoa? Qual o real significado disto? Pois bem, nada fácil de entender, mas em suma seria aplicar os ensinamentos que Jesus em sua imensa sabedoria veio a ensinar para aqueles que buscam serem pessoas melhores, como seres humanos e falhos em vezes nos achamos em determinados direitos que não temos, e agarrados a sentimentos vãos que nos fazem sofrer e a sofrer ao próximo, então para sermos melhores iniciamos com a mudança de comportamento de queremos mudar, evoluir, temos que possui iniciativa, através de nosso pensamento e o cuidado com nós mesmos, uma grande armadilha é a maledicência e o pré-julgamento que pode – se impor a outra pessoa.
No entanto, não é nada fácil praticar a teoria, mas se existe um motivo que valha a pena, deve ser buscado com todas as forças, no mundo em que vivemos, vemos com freqüência a busca financeira, e várias outras, e as pessoas se esquecem do por que estamos aqui, e para onde iremos depois daqui, assim como da alegria de quando éramos crianças e mais nada importava a não ser um bom dia de sol muito bem aproveitado, ou a admiração por uma simples borboleta, o ar puro e os verdes dos campos, existe tantas coisas boas no mundo, aquelas que realmente são importantes que nos fazem amar a vida, e não viver um martírio, por que qualquer problema se torna pequenininho perto de tanta fartura de vida.
E realmente, não encontro facilidade em ser indulgentes com as pessoas, pra mim se torna uma dificuldade, e acho louvável que as crianças consigam, logo temos muito a aprender com elas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Verdade



"A verdade é sempre uma figura muito desagradável, principalmente quando estamos dominados pela ilusão, em especial quando fazemos de nossas vidas um poema à fatuidade.
O admirável professor Julio César de Melo e Souza, o qual viria a ser conhecido sob a alcunha de Malba Tahan, narra que, oportunamente, um grande Rei resolveu reunir a sua corte para celebrar o prenilúnio de Ramadan.
Harun al-Rashid, em Damasco, estava reunido com sua corte quando a Verdade se apresentou à porta de seu palácio pedindo licença para falar ao Rei. O jovem guarda que a recebeu foi tomado de espanto porque a Verdade era mulher muito bela e se lhe apresentava totalmente despida.
O guarda espantado ante a beleza da sedutora mulher perturbou-se, como poderia ele conceder-lhe acesso à sala do trono sem que tivesse, ao menos, um tecido transparente para velar-lhe, de alguma forma, sua nudez? Então resolveu questionar a um dos Ministros de confiança do Rei. O Ministro com algo de enfado escutou o jovem guarda que lhe narrou estar à porta do palácio uma mulher muito bela, totalmente nua, que dizia ser a Verdade e que deseja falar ao Rei. Ao que o Ministro respondeu:
- Como se atreve? Esta aqui é a casa do Rei! Não há lugar para a verdade! Nós vivemos da fantasia, da mentira, da fancaria, da bajulação. Já imaginou se a verdade se adentrasse por aquela porta e viesse até o Rei? Seria o naufragar das nossas aspirações, seria todo o entorpecer de nossos ideais. Expulse-a!
E a Verdade foi expulsa sem a menor consideração da porta de entrada do palácio de Harun al-Rashid.
Ela voltou à intimidade de um pequeno oásis no Deserto, e pensou:
- Mas eu tenho que adentrar em palácio, o Rei terá que defrontar-me um dia e espero que o faça antes de estar perturbado e infeliz.
Meditou demoradamente e resolveu tomar de trapos, vestir-se, atirar-se ao solo, sujar-se.
E assim qual uma mendiga voltou à porta do palácio e quando se acercou o jovem guarda perguntou-lhe de quem se tratava. E aquela mulher cansada disse-lhe que era A Realidade!
- Mas, Realidade, que vem fazer em Palácio, a Realidade? Aqui não há lugar para a Realidade!
- Mas eu exijo! Exijo ser levada a presença do Rei, que naturalmente ao saber que fui impedida de falar-lhe irá punir àquele que obstaculizou meu passo.
O jovem guarda temendo uma punição foi ao Ministro e disse-lhe:
- Senhor, aí está, esta é uma noite terrível no prenilúnio de Ramadan! Porque depois da Verdade agora me vem uma mendiga de trapos vestida, suja, infecta.
Deseja falar ao nosso Monarca e se atreve a dizer que é a Realidade! O Ministro sorriu e bradou:
- Expulse-a! atire-lhe aos mastins. A Realidade na casa palaciana da fantasia? De maneira nenhuma. Nós vivemos aqui daquilo que escorchamos do povo. O povo estúpido, iludido, que gosta de mentiras. Como pode querer vir a Realidade até nós? Expulse-a imediatamente.
E agora levando dois cães ferozes o guarda atirou-os contra a Realidade que partiu em desabalada correria de volta ao oásis.
O prenilúnio chegava ao seu momento máximo.
E a verdade começou a meditar, tinha que levar a sua mensagem ao Rei, o que deveria fazer?
No momento em que a lua chegava ao máximo e era a hora superior das orações a Verdade vestiu-se, adornou-se de luar, pegou estrelas que transformou em diamantes fez uma coroa que pôs sobre sua cabeça. Tomou do véu da noite e fez uma indumentária transparente e agradável, vestiu-se. Elaborou uma carruagem com corcéis fogosos.
Em seguida a carruagem dourada partiu atravessando o deserto, e porque irradiava uma luz soberana, ao parar à porta do palácio deslumbrou ao guarda.
O guarda diante de uma mulher muito bela, coroada de gemas estelares, trazendo uma mágica vara de condão perguntou-lhe:
- Quem és?
- Eu sou a Fantasia! Desejo falar ao Rei!
Ele nem pediu licença ao Ministro, abriu os grandes portões, fê-la adentrar-se.
O Primeiro Ministro foi falar ao Rei, que mandou parar o baile e reuniu toda a sua corte à sua volta e a Fantasia adentrou-se até ajoelhar-se diante de Harun al-Rashid que levantou-se do trono e estendeu-lhe sua mão.
Na hora em que foi tocá-la, ela rompeu sua indumentária, despiu-se e disse-lhe:
- Senhor, para chegar até a presença de Vossa Majestade eu, a Verdade, vesti-me de Fantasia, porque era a única maneira de falar-lhe a respeito da Realidade!
E, assim, a partir daquele momento em todo o oriente a Verdade sempre veio velada pela Fantasia.
Por esta razão Jesus falou-nos em parábolas porque a Verdade era muito áspera para aqueles e para os nossos ouvidos.
E como requisito de sabedoria, dizer a verdade, sim, mas não despida de alguma quimera que fira a sensibilidade objetiva para que a realidade não nos desencante de tal forma que nos tire a alegria de Viver!"

Divaldo Franco - Perguntas e Respostas (Áudio)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Lógica do Amor!



“(...) Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente”.

Clarice Lispector

terça-feira, 26 de julho de 2011

Morre Lentamente...



Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.

Pablo Neruda

sábado, 23 de julho de 2011

Eu Quero ser do Mundo...


Eu quero ser do mundo,
Abrir porteiras.
Conhecer novas paisagens
Seguir além.
Deixo meu barco solto na correnteza
Pra buscar os caminhos que me convém.
Uma inquietude racha a tampa da caixa
Me deixa louca, me deixa solta
Beijando a boca da solidão.
Sou mais um pirilampo num céu de estrelas
Guardando a luz que vem da boiera
Pra iluminar toda a escuridão
Vem um sonho e me leva nessa viagem
Se vou contigo tenho coragem
Minha saudade vai me valer.
Pela fronteira larga do sentimento
É o meu coração que segue no vento
Nas asas leves do teu querer.
Bota o caldeirão pra ferver
Bota o coração pra sonhar
Quero ver quem paga pra ver
Até onde eu posso chegar.

Composição: Érlon Péricles/Zelito Ramos
Voz: Shana Muller

Imagem: Monumento em Homenagem à Ana Maria de Jesus Ribeiro, Anita Garibaldi, por Rutelli, exposto em Roma na Itália.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Manuel Bandeira

domingo, 10 de julho de 2011

Amor Eterno!!


Para viver um amor,

Precisa-se mais que um sentimento.

Pratica-se a verdadeira arte de aceitar,

Perdoar sem limite, amar com vontade.

Porque amar com medo é

Prelúdio de sofrimento.

Pensar que pode não dar certo é

Pedir para amar um pouquinho.

Pessoa certa? Você.

Par algum é perfeito, até que você o aceite.

Priorize suas escolhas, com quem te quer bem.

Perpetuar um amor verdadeiro é

Provar que você é capaz.

Planeje sua felicidade...

Você pode!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solidão Necessária

"...Da mesma maneira que tudo é claramente refletido através de um lago totalmente calmo, sem ondas, também é verdade que o divino será refletido em você quando você se tornar calmo e quieto como o lago.

...eu gostaria que vocês compreendessem alguns sutras, alguns pontos chaves.

O primeiro sutra é: viva no presente...Nem o passado nem o futuro existem. Um é apenas a memória, o outro é apenas imaginação. Somente o presente é o momento vivo e verdadeiro. E se é para se conhecer a verdade, ela só pode ser conhecida se estivermos no presente.

O segundo sutra é: viva naturalmente. Todo o comportamento do homem é artificial e formal. Nós sempre nos mantemos encobertos por um falso manto e por causa dessa coberta nós gradualmente esquecemos nossa própria realidade. Você tem que deixar cair essa pele falsa e jogá-la fora.. Deixe que aquilo que é original e natural em você venha à tona e viva nisso.

O terceiro sutra é: viva só. A vida de meditação nasce em completa solidão, quando a pessoa está totalmente só. Mas geralmente o homem nunca está só. Ele está sempre cercado pelos outros. E quando ele não está no meio da multidão externa, ele está em uma multidão interna. Essa multidão tem que ser dispersada. Não permita que a multidão se reúna dentro de você.

Alguma vez vocês já tentaram imaginar o que vocês são, fora de todos os seus relacionamentos? Alguma vez vocês já se livraram das vestimentas desses relacionamentos e viram a si mesmos sem elas?

Distanciem vocês mesmos de todos esses relacionamentos e... o que sobra é o seu verdadeiro ser. Aquela entidade remanescente é o que você é em si mesmo"...

OSHO.

[http: //www.stum.com.br/conteudo/c.asp?id=11019]]


terça-feira, 5 de julho de 2011

Quem rege o concerto de sua vida?

Desejando encorajar seu filho ao piano, uma mãe levou o seu pequeno filho a um concerto de Paderewski. Depois de sentarem, a mãe viu uma amiga na platéia e foi até ela para cumprimentá-la. Aproveitando a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno menino se levantou, e suas explorações o levaram a uma porta onde estava escrito: “PROIBIDA A ENTRADA”. Quando as luzes baixaram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá. De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante piano Steinway no centro do palco. Horrorizada, a mãe viu seu filho ao piano, inocentemente catando as notas de uma música infantil. Naquele momento, o grande mestre de piano fez sua entrada, rapidamente foi ao piano, e sussurrou no ouvido do menino : “Não pare continue tocando!”. Então, debruçando-se, Paderewski estendeu a mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo. Colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento à melodia. Juntos, o velho mestre e o jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa. O público ficou perplexo.

É assim que as coisas são. O que podemos conseguir por conta própria? Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluida. Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas. Na próxima vez em que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente. Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurando em seu ouvido: “Não pare, continue tocando!” Sinta seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida”

Marcio Kühne

(www.marciokuhne.com.br)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Saudade ou Arrependimento

"Dê valor as pessoas enquanto elas estão por perto, saudade não é o suficiente pra que elas voltem"